Batalha de Pedroso perdida em 1071

Vímara Perez não será o pai da Nação, mas antes de haver Portugal de forma jurídica, existia já um Condado que tinha gente, e gente de elevada qualidade como é o caso de Vimara Peres e seus descendentes.

Batalha de Pedroso perdida em 1071
O Condado Portucalense

A Batalha de Pedroso ocorreu a 18 de Janeiro de 1071 perto da freguesia de Mire de Tibães.

Nuno Mendes, então conde de Portucale, não conseguiu conter Garcia II da Galiza, perdendo a vida e a batalha, apesar de só terem perecido 25 dos seus 100 guerreiros, e 60 dos 300 que compunham as hostes de Garcia II. Nuno Mendes era o último descendente conhecido (6ª.Geração) de Vímara Peres.
Vale a pena fazer um breve resumo sobre este famoso Vímara Perez:

Depois da invasão no ano 711, onde os cristãos foram derrotados pelos muçulmanos na fatídica batalha de Guadalete, será talvez, desde que começou a reconquista cristã, o primeiro nome a entrar nos primórdios da nossa nacionalidade.

Não será o pai da Nação, longe disso, essa honra pertence a D.Afonso Henriques, mas antes de haver Portugal de forma jurídica e de papel passado, como se diz na gíria, existia já um Condado que tinha gente, e gente de elevada qualidade como é o caso de Vimara Peres e seus descendentes, onde se incluía a não menos famosa Condessa Mumadona Dias, sua sobrinha neta. Esta, por sua vez, era tia do Rei Ramiro II.

Ramiro II reveste-se ainda de particular importância para a história portuguesa - trata-se do primeiro rei a intitular-se (ainda que por breve período - entre 925, ainda em disputas com o irmão Afonso IV, e 931, um ano após a subida ao trono) de rei de terra portucalense - reconhecimento pleno da existência de uma terra portucalense, que já se vinha firmando desde 868 com a conquista de Vímara Peres e a formação da sua casa condal à frente dos destinos da mesma.

O caro leitor vai desculpar-me. Comecei pela Batalha de Pedroso perdida por Nuno Mendes, e a conversa descambou para o seu 6º avô Vimara Peres, passando, ainda que de forma ligeira, pela Condessa Mumadona Dias e acaba no Rei Ramiro II. Felizes somos nós portugueses por termos uma história tão longa e cheia de factos ilustres e gloriosos!

Voltemos então ao Vímara;

Era um senhor da guerra da segunda metade do século IX do noroeste da Península Ibérica. Nascido na Galiza provavelmente no ano 820 e vassalo de Afonso III das Astúrias, foi enviado a reclamar o vale do Douro - em tempos remotos integrado na província romana da Galécia.

Vímara Peres foi um dos responsáveis pela repovoação da linha entre o Minho e Douro e, auxiliado por cavaleiros da região, pela acção de presúria do burgo de Portucale (Porto), que foi assim definitivamente conquistado aos muçulmanos no ano de 868 e o governou até 873.

Vímara Peres foi também o fundador de um pequeno burgo fortificado nas proximidades de Braga, Vimaranis (derivado do seu próprio nome), que com o correr dos tempos, por evolução fonética, se tornou na actual cidade de Guimarães.

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