É além que Portugal começa

Vista do céu, em voo de pássaro, a Ínsua assemelha-se a um gigantesco bacalhau que parece ter aflorado à tona de água. No entanto, é bem possível que o constante bater das ondas e o eterno alternar das marés já lhe tenha mudado a forma e pareça hoje outra coisa qualquer.

É além que Portugal começa
Resumo Analítico do video:
Ali começa Portugal- José Hermano Saraiva

Início com a referência aos monumentos sobre os quais versa o programa, a saber: Fortaleza da Ínsula da foz do rio Minho, a Igreja matriz de Caminha e a serra d"Arga; Caminha e a sua Igreja matriz; Convento da Ínsula que remonta ao século XIV e cuja História, José Hermano Saraiva explica, com destaque para o facto de ter sido construído por frades franciscanos e o mesmo ter chegado até ao liberalismo, período durante o qual foi abandonado; Realce para os canhões forjados em 1640, mandados instalar pelo rei D. João IV logo a seguir à Restauração; Última referência para o vandalismo ao qual o monumento tem estado sujeito desde pilhagens até à destruição do edifício; Exterior e interior da Igreja matriz de Caminha, construída entre os séculos XV e XVI e que está envolta por uma fortaleza cuja razão de ser o historiador explica;

Destaque no seu interior para a Capela dos Navegantes que comporta uma lenda que refere que, em 1539 os mareantes caminhenses a bordo de um barco proveniente de Inglaterra, terão encontrado á tona da água um caixote contendo objectos religiosos, nomeadamente paramentos, peças de ouro e uma figura que denominaram o Senhor da Cana Verde, que ainda hoje é o elemento principal da Capela dos Navegantes; Explicação da lenda de Santo Ojinha na Serra de Arga, cujo nome evoluiu de santo azinha que queria significar alguém que foi feito santo muito depressa; Terreiro do milagre de Santo Ojinha onde figura uma igreja de estilo românico com instalações para a pernoita dos peregrinos devotos daquele santo; Igreja matriz de Vila Nova de Cerveira; Rio Minho defendido pela fortaleza medieval de Vila Nova de Cerveira.

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Explorar a Insua 

Vista do céu, em voo de pássaro, a Ínsua assemelha-se a um gigantesco bacalhau que parece ter aflorado à tona de água. No entanto, é bem possível que o constante bater das ondas e o eterno alternar das marés já lhe tenha mudado a forma e pareça hoje outra coisa qualquer.

Lobrigada de terra, faz lembrar um estranho navio ancorado a dois passos da costa à espera de visitantes. Mas, para poder apreciar-se de mais perto, terá que transpor-se a cortina verde e fresca do pinhal do Camarido ou calcorrear os areais de Moledo, que distam apenas duzentos metros da pequena ilha. Uma coisa é certa: quanto mais perto chegamos, maior é a vontade de ir até lá explorá-la e de guardá-la só para nós.



Espreitar Caminha

Conquistada a Ínsua - que para muitos será razão mais do que suficiente para ter vindo até ao extremo noroeste de Portugal -, é chegada a hora de pôr pés ao caminho para mais um inesquecível trilho costeiro. Mas, antes de partir passo-a-passo num invulgar percurso transfronteiriço rumo a terras galegas, entregando-se à travessia contemplativa do estuário do Minho, vale a pena deambular pelas estreitas ruelas de Caminha, que alguns consideram ser a mais bela e graciosa vila do litoral minhoto.

Instalada numa pequena península encravada entre as fozes dos rios Coura e Minho, a modesta vila raiana é um lugar emocionante, quer se explore do chão, quer se contemple do ar. Muito antes de os romanos terem chegado a estas paragens já os terrenos pantanosos haviam sido cobiçados e ocupados. Primeiro como lugar de pescadores, depois como póvoa marítima, porto de mar e terra de mercadores e navegantes, acabando como povoação fortificada que por inúmeras vezes foi ganha e perdida nas contendas com nuestros hermanos.
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