Caixa: «Um verdadeiro CIRCO!» Carlos Paz



CGD: um verdadeiro CIRCO!
O problema é que o papel de PALHAÇOS (tristes) nos cabe a TODOS nós.

Começo com uma declaração de princípio:
A absoluta INCOMPETÊNCIA com que o actual Governo (PS/CDU/BE) tem estado a gerir o processo CGD (Caixa Geral de Depósitos) só tem paralelo na INCOMPETÊNCIA CRIMINOSA com que o anterior Governo (PSD/CDS) geriu os processos BES e BANIF, ou com a INCOMPETÊNCIA CORRUPTA com que o Governo Sócrates (e o Presidente Cavaco Silva) geriram o processo BPN.

A notícia do dia dos jornais económicos é de que a CGD tem 700 (SETECENTOS) Milhões de Euros para DESPEDIMENTOS.

Não são 700 milhões de euros para criação de emprego. São 700 milhões de euros para despedimentos. Não são 700 milhões de euros para financiar empresas, para promover a ciência ou para apoiar a cultura. São 700 milhões de euros para despedimentos. Não são 700 milhões de euros para financiar a economia, para promover a educação ou para apoiar os mais desfavorecidos. São 700 milhões de euros para despedimentos. Não são 700 milhões de euros para crescer, para desenvolver, para valorizar um património que é (ainda) de todos nós. São 700 milhões de euros para despedimentos. Não são 700 milhões de euros para apoiar o turismo, para promover o País ou para capacitar a juventude. São 700 milhões de euros para despedimentos. Não são 700 milhões de euros para criação de emprego. São 700 milhões de euros para despedimentos.

E, nem sequer do ponto de vista da gestão esta medida faz qualquer sentido! Os que forem despedidos ou os que forem pré-reformados com os tais 700 milhões de euros deixam, de facto, de custar dinheiro na CGD, mas passam a custar dinheiro (subsídios e reformas) à Segurança Social. Ou seja: Apesar de se gastarem os tais 700 Milhões de Euros, a despesa (para os Portugueses) continua a ser a MESMA!

Então para que se vão DESTRUIR estes 700 Milhões de Euros (e lançar na miséria moral e financeira cerca de 2000 famílias – dos despedidos)?

A resposta é simples: Vamos DESTRUIR 700 Milhões de Euros e vamos (os Portugueses) continuar a ter de PAGAR a despesa, mas, um ENORME mas, a Caixa Geral de Depósitos fica MUITO mais apetecível, muito mais lucrativa para quem a vier a comprar.

Termino da mesma forma que comecei: A absoluta INCOMPETÊNCIA com que o actual Governo (PS/CDU/BE) tem estado a gerir o processo CGD só tem paralelo na INCOMPETÊNCIA CRIMINOSA com que o anterior Governo (PSD/CDS) geriu os processos BES e BANIF, ou com a INCOMPETÊNCIA CORRUPTA com que o Governo Sócrates (e o Presidente Cavaco Silva) geriram o processo BPN.
E, no fim, PAGAMOS SEMPRE nós TODOS as contas TODAS!

Carlos Paz
professor de economia

1 comentário blogger

  1. O contribuinte têm de ter acesso à lista de caloteiros da CGD... e de quem concedeu tais créditos!!!
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    Uma opinião um tanto ou quanto semelhante à minha:
    Banalidades - jornal Correio da Manhã (antes da privatização da transportadora aérea):
    - o presidente da TAP disse: "caímos numa situação que é o acompanhar do dia a dia da operação e reportar qualquer coisinha que aconteça".
    - comentário do Banalidades: "é pena que, por exemplo, não tenha acontecido o mesmo no BES".
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    EXPLICANDO MELHOR:
    - Já chega do discurso: mudar as 'moscas' para que tudo fique na mesma!
    - Há que trabalhar na prevenção!!!... Leia-se: MAIS CAPACIDADE NEGOCIAL para o contribuinte/consumidor!
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    --» Um político não se pode limitar a apresentar ideias de governação... TEM TAMBÉM DE PASSAR INFORMAÇÃO de forma a que o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial.
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    Ora, de facto, a democracia é uma forma de dotar o contribuinte/consumidor de algum poder negocial...mas, todavia, no entanto... esse poder negocial deverá ser aprofundado (ver Exemplos I e II).
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    Exemplo I:
    O CONTRIBUINTE TEM QUE SE DAR AO TRABALHO!!!
    ---»»» Democracia Semi-Directa «««---
    -» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa/endividamento poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a ‘coisa’ terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
    -» Explicando melhor: em vez de ficar à espera que apareça um político/governo 'resolve tudo e mais alguma coisa'... o contribuinte deve, isso sim, é reivindicar que os políticos apresentem as suas mais variadas ideias de governação caso a caso, situação a situação, (e respectivas consequências)... de forma a que... possa existir o DIREITO AO VETO de quem paga!
    [ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »]
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    EXEMPLO II:
    CONCORRÊNCIA A SÉRIO!!!
    Não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá COMBATER EFICAZMENTE A CARTELIZAÇÃO privada.
    [ver blog « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ »]
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    P.S.
    Mestres/elite em economia têm enfiado patifaria atrás de patifaria ao contribuinte:
    - nacionalização do BPN, nacionalização do NOVO BANCO, nacionalização e venda do BANIF, capitalização da Caixa Geral de Depósitos, etc, etc, etc.
    Ora, por muitos mestres/elite em economia que existam por aí... quem paga (vulgo contribuinte) não pode deixar de ter uma palavra a dizer! Isto é, que paga não pode abdicar do seu legítimo Direito de defender-se!

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