«Ministra da Justiça de Portugal ao serviço de Angola» diz Paulo Morais

Presidente de Angola canta vitória com saída de Marques Vidal da Procuradoria de Portugal.




Se o desfecho não for favorável ao país africano, "Portugal tomará, a seu devido tempo, conhecimento das posições que Angola vai tomar", asseverou João Lourenço.

Francisca Van Dunnem: 
Ministra da Justiça de Portugal ao serviço do regime de Angola.

O Presidente angolano João Lourenço entrou em conflito aberto com o Ministério Público português, liderado pela Procuradora-Geral Joana Marques Vidal. O diferendo tem origem no julgamento em curso de Manuel Vicente por corrupção, em Lisboa. 

O regime angolano pretende a transferência do processo para Luanda. O que é manifestamente impossível, porque em Angola Manuel Vicente goza neste momento de imunidade; e seria, muito provavelmente, mais tarde, abrangido por uma oportuna amnistia. Tem pois de ser julgado por corrupção em Portugal.

Ora, no mesmo momento em que João Lourenço ameaça Portugal e exige a transferência do processo para Angola, em conflito com o Joana Marques Vidal que não permite (e bem!) que tal aconteça - a Ministra da Justiça Van Dunnem vem anunciar que a Procuradora-Geral de Portugal está de saída. 

Ou seja, João Lourenço pode "estar descansado", porque a actual Procuradora-Geral irá deixar de "importunar" o novo poder angolano.

Francisca Van Dunnem, perante um conflito entre um Chefe de Estado estrangeiro e o Ministério Público português, não hesitou: de forma subserviente, colocou-se de cócoras perante o dirigente estrangeiro. 

Com esta atitude, indigna de um estado democrático, esquece a autonomia da Justiça num regime em que há separação de poderes. E -pior! - envergonha Portugal.

Finalmente, note-se que Manuel Vicente é o ex-vice-presidente de Angola, cujo apoio Lourenço quer garantir. E recorde-se que Van Dunnem é de origem e família angolana, o que torna o caso muito mais grave.

Paulo de Morais

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